Um pouco do meu Brasil

24 de janeiro de 2015



  Sem dúvidas uma das obras mais completas e ricas sobre o nosso país eternizaram-se nas escritas de Jorge Amado. Baiano e persistente, sua obra modificou estereótipos e tratou dos assuntos sociais de maneira leve e engraçada. Em um momento de mudança social com a eclosão Primeira Guerra Mundial, sistemas totalitários e opressores, surge no Brasil em 1922 o conceito de Arte Moderna que contou com grandes personalidades artísticas fomentando o sistema de informação e preocupando o governo.
  Com o abandono das regras, a literatura que além de retratar o mundo imaginário e pessoal passa a relatar os problemas sociais. O romancista Jorge Amado abandonou as características europeias e nacionalizou seus livros, centralizando a cultura brasileira e seus costumes em sua arte, sua escrita aproximou-se da sociedade.

ESTADO DA BAHIA,17/12/1937
 A mulher mocinha, sedutora, reprimida, violentada e misteriosa, as crianças abandonadas, as profissões discriminadas, o governo cruel, os segredos religiosos, traição, liberdade de expressão e desigualdade foram retratadas pelas ruas de Salvador, Ilhéus, Alagoinhas e outros cantos da Bahia.

 O impacto de suas obras fez com que o autor colecionasse quem lhe virasse o nariz e tivesse um grande empecilho o governo de Getúlio Vargas que o impôs á ele e á muitos, o restrito a liberdade de expressão e o exílio. Em 1933 o governo ateou fogo em obras de alguns escritores, entre eles, às de Jorge Amado, o livro Capitães da Areia foi o mais afetado tendo 808 exemplares queimados, mas é contabilizado que foram 1.640 livros de sua coletânea.




  Sua arte atrevida e nacionalista, rica em detalhes e extremamente humana diferenciou-se das demais, Jorge Amado publicou 45 sucessos nacionais e internacionais, seus livros levaram a cultura brasileira por mais de 50 países.

Livros traduzidos em outros idiomas.

“A palavra é sempre perseguida por aqueles que desejam impedir que ela seja arma do homem na sua luta por uma vida melhor, de paz, fartura e alegria." - Para a Tempo Magazine, Portugal em 1979.

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