Sem dúvidas uma das obras mais completas e ricas sobre o nosso país eternizaram-se nas escritas de Jorge Amado. Baiano e persistente, sua obra modificou estereótipos e
tratou dos assuntos sociais de maneira leve e engraçada. Em um momento de
mudança social com a eclosão Primeira Guerra Mundial, sistemas totalitários e
opressores, surge no Brasil em 1922 o conceito de Arte Moderna que contou com grandes
personalidades artísticas fomentando o sistema de informação e preocupando o
governo.
Com o abandono das regras, a literatura que além de retratar o
mundo imaginário e pessoal passa a relatar os problemas sociais. O romancista
Jorge Amado abandonou as características europeias e nacionalizou seus livros,
centralizando a cultura brasileira e seus costumes em sua arte, sua escrita
aproximou-se da sociedade.
ESTADO DA BAHIA,17/12/1937 |
O impacto de suas obras fez com que o autor colecionasse quem
lhe virasse o nariz e tivesse um grande empecilho o governo de Getúlio Vargas que
o impôs á ele e á muitos, o restrito a liberdade de expressão e o exílio. Em
1933 o governo ateou fogo em obras de alguns escritores, entre eles, às de
Jorge Amado, o livro Capitães da Areia foi o mais afetado tendo 808 exemplares
queimados, mas é contabilizado que foram 1.640 livros de sua coletânea.
Sua arte atrevida e nacionalista, rica em detalhes e
extremamente humana diferenciou-se das demais, Jorge Amado publicou 45 sucessos
nacionais e internacionais, seus livros levaram a cultura brasileira por mais de
50 países.
Livros traduzidos em outros idiomas. |
“A palavra é sempre perseguida por aqueles que desejam impedir que ela seja arma do homem na sua luta por uma vida melhor, de paz, fartura e alegria." - Para a Tempo Magazine, Portugal em 1979.
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